
A cada vez que vou a um parque aqui em Curitiba - locais que, aliás, adoro frequentar - seja para me exercitar (já que gosto de correr) ou para passear com meus cães, é inevitável observar os cães passeando com seus humanos. Faço isso não com os olhos de juíza da vida alheia, mas de curiosa mesmo. Gosto de observar essa dinâmica entre cães e humanos.
Posso dizer que hoje em dia me alegro de ver a quantidade de cães desfrutando do passeio sem estarem presos pelo pescoço, hoje a maioria caminha de peitoral, o que realmente me mostra que as coisas estão evoluindo.
Porém, ainda vejo alguns cães sendo puxados pelo pescoço, seja na coleira ou no enforcador, correndo no sol a pino tendo que acompanhar o ritmo dos seus humanos ou sendo impedidos de farejar o chão durante a caminhada. Quando observo essas situações, normalmente penso: será que essa pessoa tem consciência do que está fazendo com seu cão? Será que sabe quanto desconforto isso gera?
Me pergunto isso porque, infelizmente, não são raras as vezes em que as pessoas fazem isso instruídas por “profissionais” e acreditando ser essa a única forma de melhorar o comportamento dos seus cães e, pasmem, muitos acreditam estar fazendo bem ao seu cão. Louco né? Outras vezes é a pura falta de conhecimento e de empatia, de se colocar no lugar do cão.
Um passeio deve ser confortável, por isso, o cão não deve ir preso pelo pescoço, pois, essa é uma área muito sensível e que gera muito desconforto. Para o cão, sair explorar significa farejar, o que não significa permitir que o cão saia te arrastando por aí. É perfeitamente possível ter um cão que tem a liberdade de explorar durante o passeio e que não puxa na guia. Outra coisa importante, é ter atenção aos horários. Momentos muito quentes podem gerar hiper aquecimento do cão e queimaduras bem dolorosas nas patas, lembre-se de que ele não usa sapatos. O passeio deve ser bom para você e para o cão, mas pare e pense: para quem é o passeio?